"They" never tell you what is important to be told...
What matters and what doesn't. They never tell you how beautiful the world is. How wonderful or challenging it is. And they never tell you how small you are in this giant Universe. But it doesn't matter how small or weak you are... you can always face your destiny and change whatever doesn't suit you. It's your own fuckin' life after all. And that facing this challenging world makes you a little bit bigger every time. That giant Universe can actually be reached with one single step. You just need the balls to start walking. And then, then you can find yourself anywhere you want.
They never tell you that the old white-bearded guy in the red suit in December, that were the reason for your good behavior in the last few months, is actually a "pretend to be funny" uncle that gets fatter every year. They never tell you how important is to play with your friends on the streets next home, running around the whole day long. They never tell you how the 70's has the best music that could be invented. And how good you feel when you play your first song on the guitar. And not even the crazy shit is the first live concert of your life. They never tell you the feeling you have when get your first Driver's License. Or gets drunk for the first time.
They never tell you that love can be the worst feeling ever. But you are always gonna need it. And is always gonna look the best to you. Love is gonna come to you in a second, for some stupid reason, and then you are fucked. And that's pretty much it. No matter how strong or protected you are, is gonna drag you down and make you forget about everything around. They never tell you you are gonna love more than once. And that second chances are really rare, so you should go for your first ones with no fear. And that promises must be kept. So don't promise, unless you are gonna do it. They never tell you how easy is to live when you are not afraid. When you just do whatever you want the others to do to you. And that a smile means more than anything else.
They never tell you what to say to someone when is the last time you are gonna see each other. What you should say when someone you love is dying. Or how to say goodbye to someone you might never see again. That "see you later" sometimes is not enough. And that some words should be said more often than they are. And some feelings should be more important than anything else. And in the end, all you need is love.
"They" never tell you what is important to be told... So just live. And find out yourself.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Monocromáticas...
Abro os olhos com a pouca claridade que começa a entrar no quarto pela fresta aberta da cortina. Lanço um olhar para o teto, cuidadosamente pintado, carregado de orgulho. O rádio liga na hora exata marcada e preenche meus ouvidos com uma música, dona de uma serenidade raramente encontrada. Meu corpo acompanha o movimento dos sons e em alguns segundos me levanto, ligo o chuveiro e sinto água quente escorrer pelo corpo por poucos, mas longos minutos. Me seco, visto e olho meu reflexo no espelho admirado. Sinto o forte de cheiro do café, trazido especialmente de uma montanha na Colômbia, sendo triturado e preparado na máquina. Acendo um Marlboro vermelho e sinto o gosto forte do tabaco secar minha garganta para logo depois o café resolver o problema. Sinto coisas demais em tempo de menos.
Chego no escritório e vejo toda a exatidão que gira em torno de mim, com as roupas alinhadas, os cabelos cortados, os rostos barbeados, as pastas, os cartões, tudo de uma maneira tão cartesiana que faz com que eu perceba que com o passar do tempo, eu tenho me tornado uma parte idêntica a todas as outras desse sistema pobre e alienado que eu sempre odiei mas insisti em aprender a me adaptar. E percebo também, que apesar de repugnar todo esse sentimento, eu meio que o amo. Amo a comodidade de ser alguém, mesmo que igual a todos os outros e todas as facilidades e futilidades que isso me proporciona.
O almoço não é muito diferente das últimas horas e muito menos das próximas, e logo o céu claro vai dando lugar a uma escuridão cada vez mais envolvente. O ar frio que começa a tomar conta dos meus pulmões parece mudar cada pedaço da minha personalidade, cada centímetro da minha alma. E quando eu olho para o céu totalmente tomado pela escuridão percebo que tudo que eu sentia antes, se torna obsoleto e ultrapassado. Tudo é novo e diferente.
Ando pelas ruas escuras abarrotadas de gente até ficarem vazias. Ando pelos becos silenciosos, só pra sentir a adrenalina e o perigo que só a escuridão te proporciona. Atravesso as ruas desertas sem nem me preocupar em olhar para qualquer um dos lados. Tudo se torna indiferente, inexpressivo, inconsequente, perto da minha liberdade.
A serenidade de antes dá lugar a inconstância e os sentimentos se confudem e se misturam inexplicavelmente. Ficar em pé se torna cadê vez mais difícil. As linhas ficam cada vez mais tortuosas e inconstantes. Os reflexos no vidro fogem a sua natureza e se movem independente de qualquer coisa. Quebro os vidros, mas não quebro os reflexos. E meu corpo não responde a mais nenhum comando. As cores vão se reduzindo continuamente, até só sobrar o preto e o branco. E o que antes era branco, agora é preto. Assim como o sangue que escorre da minha mão, cortada pelo vidro. Tudo parece mudar a cada instante. Tudo muda a cada instante. Mudo coisas demais em tempo de menos.
E em meio a tantas mudanças, volto para o início, para as paredes pintadas, para o som sereno, para o calor, para o aroma, para o cigarro. Volto para onde estava e tento mudar tudo, ao invés de mudar a mim mesmo. E mudo a música, mudo a bebida, mudo o cigarro, pinto as paredes com o preto do meu sangue até ficar exausto de tantas mudanças e cair inconsciente na cama. E após tantos anos de igualdade, tudo muda de repente. Mudo coisas de menos em tempo de mais.
Abro os olhos com a pouca claridade que começa a entrar no quarto pela fresta aberta da cortina. Lanço um olhar para o teto e esboço um sorriso ao ver o vermelho desorganizado espalhado pelas paredes do quarto...
Chego no escritório e vejo toda a exatidão que gira em torno de mim, com as roupas alinhadas, os cabelos cortados, os rostos barbeados, as pastas, os cartões, tudo de uma maneira tão cartesiana que faz com que eu perceba que com o passar do tempo, eu tenho me tornado uma parte idêntica a todas as outras desse sistema pobre e alienado que eu sempre odiei mas insisti em aprender a me adaptar. E percebo também, que apesar de repugnar todo esse sentimento, eu meio que o amo. Amo a comodidade de ser alguém, mesmo que igual a todos os outros e todas as facilidades e futilidades que isso me proporciona.
O almoço não é muito diferente das últimas horas e muito menos das próximas, e logo o céu claro vai dando lugar a uma escuridão cada vez mais envolvente. O ar frio que começa a tomar conta dos meus pulmões parece mudar cada pedaço da minha personalidade, cada centímetro da minha alma. E quando eu olho para o céu totalmente tomado pela escuridão percebo que tudo que eu sentia antes, se torna obsoleto e ultrapassado. Tudo é novo e diferente.
Ando pelas ruas escuras abarrotadas de gente até ficarem vazias. Ando pelos becos silenciosos, só pra sentir a adrenalina e o perigo que só a escuridão te proporciona. Atravesso as ruas desertas sem nem me preocupar em olhar para qualquer um dos lados. Tudo se torna indiferente, inexpressivo, inconsequente, perto da minha liberdade.
A serenidade de antes dá lugar a inconstância e os sentimentos se confudem e se misturam inexplicavelmente. Ficar em pé se torna cadê vez mais difícil. As linhas ficam cada vez mais tortuosas e inconstantes. Os reflexos no vidro fogem a sua natureza e se movem independente de qualquer coisa. Quebro os vidros, mas não quebro os reflexos. E meu corpo não responde a mais nenhum comando. As cores vão se reduzindo continuamente, até só sobrar o preto e o branco. E o que antes era branco, agora é preto. Assim como o sangue que escorre da minha mão, cortada pelo vidro. Tudo parece mudar a cada instante. Tudo muda a cada instante. Mudo coisas demais em tempo de menos.
E em meio a tantas mudanças, volto para o início, para as paredes pintadas, para o som sereno, para o calor, para o aroma, para o cigarro. Volto para onde estava e tento mudar tudo, ao invés de mudar a mim mesmo. E mudo a música, mudo a bebida, mudo o cigarro, pinto as paredes com o preto do meu sangue até ficar exausto de tantas mudanças e cair inconsciente na cama. E após tantos anos de igualdade, tudo muda de repente. Mudo coisas de menos em tempo de mais.
Abro os olhos com a pouca claridade que começa a entrar no quarto pela fresta aberta da cortina. Lanço um olhar para o teto e esboço um sorriso ao ver o vermelho desorganizado espalhado pelas paredes do quarto...
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