sexta-feira, 14 de março de 2008

Fragmento...

Aí vai um pedaço de um negócio novo que eu tô escrevendo. Se vcs gostarem eu posto mais!

"Fazia menos de uma semana que ele tinha saido da prisão. Apesar da "liberdade" reconquistada, ele se sentia mais sozinho do que nunca. Quando fora preso, ele tinha alguém aqui fora que o "amava", amigos de quem gostava, um emprego e todo o resto de uma vida tida como normal.

Mas tudo tinha ido embora naqueles 6 anos. Aqueles malditos 6 anos. Ele lembrava como se fosse hoje do dia em que foi preso. Tentativa de Homicídio. Como se encher um "bacana" de porrada fosse tentativa de homicídio. Pouco importava que ele fez tudo aquilo pra defender sua mulher. A justiça nunca era justa mesmo.

Na prisão, melhor do que em qualquer outro lugar ele descobriu isso. Foram tantas pessoas com quem ele dividiu a cela, que os que foram condenados injustamente eram impossíveis de contar. Mas ele não tinha pena deles. Assim como ninguém teve pena dele. Lá ele aprendeu que você já tem problemas demais na sua vida pra se preocupar com os problemas dos outros. Não importando o que fosse, ou quem fosse.

E isso, aliado ao seu jeito de "troglodita estúpido" que fizeram ele ficar vivo naquele inferno. Ele não era de falar muito, e sim de observar. E na prisão, se você não ficar atento o tempo todo, você põe tudo a perder. Só que agora ele via que o verdadeiro inferno era do lado de fora. Ele estava sozinho. Sem mulher, sem amigos, sem dinheiro. Tudo que um dia fora importante pra ele tinha ido embora.

Aquela noite era a primeira que ele saía pra tentar aliviar a pressão desse inferno a céu aberto que ele vivia. Com o que ele tinha, não conseguiria nada melhor que umas duas ou três cervejas numa espelunca qualquer. E foi exatamente isso que ele conseguiu.

Do seu lado, um bêbado batendo no que parecia ser sua mulher. Em outros tempos, ele iria se meter na briga e quebrar a cara do homem. Foi como ele aprendeu na prisão. Ele já tinha problemas demais pra se preocupar com os dos outros.

Do outro lado, uma puta, com um perfume barato e forte demais, se insinuando pra ele, querendo garantir o ganho da noite. Mal sabia ela que ele não tinha grana nem pra começar qualquer coisa com ela. Mas ele não falava nada. Era bom ver uma mulher atrás dele depois de todo esse tempo, mesmo que ela só quisesse dinheiro.

Mas num instante, tudo desapareceu. A única coisa que ele conseguia ver, era ela. Um pouco mais baixa que ele, cabelos na altura dos ombros, magra, esbelta, com uma tatuagem que cobria boa parte do braço. Não era o estereótipo de uma "princesa de conto de fadas", mas ele passava longe de um "príncipe encantado".

Aos poucos ele voltou a realidade. Tinha jurado a si mesmo não se apaixonar por mais nenhuma mulher. Tinha perdido boa parte de sua vida por causa de uma, e o que ele ganhou com isso? Nada. Provavelmente a essa hora, a mulher que jurou ama-lo para sempre, estaria trepando com um idiota pior que ele. Não, ele não ia cometer o mesmo erro duas vezes.

Ela passou por ele como se não tivesse ninguém lá. Foi em direção a um h0mem, cheio de pulseiras e cordões, com um jeito estúpido e canalha, e entregou umas 3 notas pra ele. Mas parece que não era suficiente.

O homem, provavelmente o seu cafetão, levantou e deu-lhe um tapa no rosto. Ela estava caída no chão, mas não era suficiente pra ele. Levantou e chutou aquela mulher, frágil e indefesa. Não importa o que ela tenha feito, nada podia ser tão cruel a esse ponto.

Mas ninguém mais parecia se incomodar com a cena além dele. A garota sendo espancada por um idiota, e todos agindo como se fosse um simples gesto de afeto. Aquilo era demais. Até mesmo pra ele.

Ele levantou. Foi em direção aos dois lentamente. Apesar da voz na sua cabeça mandando ele não se envolver, o sangue subindo a sua cabeça era mais forte. Pouco mais de dois metros o separavam agora dos dois. E sua presença já tinha sido notada pelo idiota covarde.

- Tá olhando o que, babaca?

- Deixa ela em paz.

- Aaaah, vai a merda!

- Deixa ela em paz.

- Quem tu tá pensando que é? Tá querendo morrer?

- Deixa ela em paz. Eu não vou falar de novo.

Mais um chute. E pela intensidade do sangue cuspido, foi mais forte que os outros.

- E agora, valentão?

Tudo aconteceu numa fração de segundo..."

Continua :P

Vcs realmente acharam que eu entregar tudo de bandeja?

terça-feira, 4 de março de 2008

Hiato

Falta de Internet + Falta de inspiração + Falta de motivação = Sem texto novo por um bom tempo!!

Quando os 3 voltarem, eu volto com isso aqui!

Beijos

Rafael Puime